10 de maio de 2011

Recomeçar \o

   E agora, depois de quase um ano sem postar absolutamente nada no Borboletando, eu voltei \o/
Não me lembro exatamente porque parei de postar, acho que era a falta de tempo, nem me lembro, mas não importa. O que houve é que eu estava lendo o blog de uma menina (não vou deixar o link porque eu nem a conheço e não sei se ela quer publicidade) e parecia que eu é que havia escrito aquelas palavras. Mais especificamente num texto em que ela se indagava sobre qual momento  havia deixado de ser ela mesma. Quando se conformou, quando deixou de ousar, quando negligenciou o potencial para um futuro promissor. A partir disso resolvi voltar para o meu querido blog. Meu querido blogzinho sem nenhuma grande pretensão a não ser o auto conhecimento, o refúgio para desabafar, para contar sobre a minha vida e otras cosas más.
   Muita coisa mudou desde 2009, quando comecei o blog. Nessa época, eu definitivamente não sabia o que queria da vida: se entrava pra faculdade, se comprava uma bicicleta ou mudava para Paris... Foi um período complicado, mas (ufa!) passou. E eis que de lá até aqui muita coisa aconteceu. A Medicina entrou na minha vida abruptadamente, sem me perguntar se eu a queria realmente. Eu não tinha a certeza da maioria dos que entram nessa carreira, mas de uma forma madura e real, fui conseguindo realmente gostar e entender o curso. Cito o ingresso na faculdade, porque foi o fato implicador de todas as outras mudanças. Lendo textos do início da faculdade, vejo que o amadurecimento que pensava que tivesse me ocorrido na época, não era metade do que eu tenho agora e nenhum 1/4 do que eu preciso. Mas tudo é uma questão de tempo... aprendi.
   E lendo o texto da garota que citei, me ocorreu a seguinte frase do maravilhoso Carlos Drummond:
"Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou... O que importa é que é sempre necessário e possivel 'Recomeçar'..."
Eu realmente não sei em que momento desse fatídico período 2010-2011 em que eu deixei de ser a Karenn de antigamente. A menina que sonhava com coisas difíceis, e que mais ainda, perseverava em tudo a que se propunha. Alguma coisa nesse caminho me fez ter preguiça de desafios, me conformar com meus limites e com tudo que a vida me propunha. E hoje, quando Deus colocou aquele texto na tela do meu notebook, é que tomei consciência das partes de mim que deixei se perderem. E me refiro áquelas que fizeram diferença na minha trajetória.
   Eu posso justificar essa estagnação por vários fatores, como morar longe e sozinha, aumento da responsabilidade em relação a ... não! A minha maior responsabilidade é comigo mesma. Cabe a mim e somente a mim mesma buscar cada dia ser melhor e isso implica se adaptar ao que vier. Quando eu minimizei meu potencial, deixei de ter sonhos mirabolantes, aceitei ser só mais uma estudante de Medicina entre milhares, eu deixei de ser. O meu eu genuíno jamais se conformaria em não estar em os 10 melhores alunos da sala (pra não dizer 20, 21, 22... deixa pra lá...).
  E a partir disso é que me desafio. Eu me desafio a ser melhor! É hora de parar de pensar que já fiz demais. Posso ter feito muito, até o suficiente, mas eu preciso ir mais além. Preciso voltar a ter olhos esperançosos e confiantes de criança que pensa que pode qualquer coisa. Quem não tem sonhos audaciosos não muda na vida. E é da minha natureza sempre mudar, acreditar, borboletar ...

"Mire suas metas na lua; se errar, estará entre as estrelas"

E a próxima meta real é ir bem em Fisiologia Cardiovascular. Força e fé que dá ;)

28 de maio de 2010

Pra quê ensaios, pra quê rascunhos?

O que é simples definitivamente me encanta. Me encanta o que é puro, espontâneo, natural.
Risada de piada engraçada ou de tão sem graça que é.
Alegria que vem da alma, que não precisa de uns drinks pra surgir.
Pessoas de verdade, com erros de verdade, fragilidades de verdade.
Parece tudo bobeira. Parece que a gente vê isso toda hora, que não há nada demais nessas coisas.
Mas há.
Ando cansada de pessoas políticas, jogo de interesses, conveniência.
O que há de mau em ser você mesmo, poxa?
Fingir dá tanto trabalho, vamos simplicar as coisas, porque não?
Pra quê ensaios, pra quê rascunhos?

15 de maio de 2010

Melhor música das últimas 72 horas

Quando a esperança de uma noite de amor
Lhe trouxer vontade para viver mais
E a promessa que a chance terminou
É bobagem é melhor deixar pra trás

Eu tô cansado de sofrer
Quero dançar sentir calor
E poder só olhar o universo em torno de você
Brilhando em vida, sorrindo á toa
Só vibrando amor e paz
Sinto a noite, penso em você
Lembro como é bom amar

Quando você se foi chorei
Choreeeeei, choreeeeeei
Agora que voltou sorri
Sorri, sou rei :D

Saiba que o simples perfume de uma flor
Pode vir a ser um grande amor na sua vida
Não gaste palavras pra viver
De iludir, os seus sonhos tão raros com mentiras
Não maltrate o coração
Que dedicou ao seu sorriso as suas batidas
Será livre pra sentir
Anseios de uma paixão, a ser uma história linda

Diga que me adora,
Deixe o orgulho e venha porque já está na hora
Da gente se encontrar e sermos um
Mas não demora que é pra chama não desencantar
Se esvair no ar e só restar lembrança


Acaba valendo a pena

Ah, tive pensando ...
Definitivamente não existem atalhos pra chegar onde queremos. Se existe um caminho, ele deve ser seguido á risca, sem vias alternativas. No máximo uma paradinha pra tomar fôlego. Deve-se suportar todas as intempéries. Elas fazem parte do caminho. Tempestade, sol forte, o que for. E por mais que o caminho pareça longo, tortuoso, uma hora ele acaba. E finalmente você chega. Olha pra trás e vê que valeu a pena. No fim da tarde o pôr do sol é uma recompensa. Um presente da natureza pra brindar o fim de um trajeto. E você se sente feliz. Tudo valeu a pena. E o seu descanso não seria tão compensador se as coisas tivessem sido fáceis. Sempre sempre, acaba valendo a pena.


6 de abril de 2010

Porque uma parte de mim é verdade, mas a outra é imaginação.

Atena, deusa da sabedoria e da serenidade
Limite.
Sabe quando você sente que não dá mais? Que suas forças estão esgotadas, que você não consegue ultrapassar mais nada, que a vontade de desistir é maior que qualquer coisa? Isso é o limite. E eu estou no meu.
Sabe quando você erra tentando acertar? Foi isso que eu fiz.
Nunca tive a intenção de parecer santa, de agradar todo mundo, ser a boazinha. Sempre fui eu mesma. Só quis o tempo todo me esquivar de conflitos. Já não basta esse que existe dentro de mim. Já não basta a falta que eu sinto de casa, de carinho...
Falando em carinho, tudo que eu mais preciso é de família. De ombro pra chorar, de alguém pra falar que vai ficar tudo bem. Onze dias que parecem uma eternidade ... Quero ir pra casa! Só tenho medo de ir e não querer voltar.
Mas eu volto. Um sonho não acaba assim ...
E precisamos passar por tempestades pra ficarmos mais fortes.
E sabe de mais uma coisa? Eu não espero que as pessoas sejam perfeitas comigo. Pelo contrário, estou sempre preparada pra lidar com as imperfeições dos outros. A única coisa que eu espero é que saibam lidar com as minhas. Que saibam ouvir pelo menos minhas justificativas. Tá, eu odeio me justificar, nunca sei fazer isso, mas tenho o direito.
O preço é alto, mas tô disposta a pagar. Pareço fraca, mas não sou tanto assim.
Se passo a imagem errada, paciência. Não sei ser outra coisa além de mim mesma.
Mesmo que meus esforços pareçam em vão, que só enxerguem meu pior lado, eu não desisto de ser eu e nem de lutar pelo que eu acredito. Mas do meu jeito. Afinal, existe jeito certo pra isso?
Apesar de tudo, tenho a consciência limpa. Limpíssima. Nunca agi de má fé. Sempre me esforcei pra não atrapalhar se não pudesse ajudar.
E eu acredito que dias melhores virão. Que o sol vai brilhar depois da tempestade e que eu vou encontrar a paz que eu preciso pra seguir adiante.

' Não vim até aqui, pra desistir agora ...'

3 de abril de 2010

Posso falar? Eu a-d-o-r-o folha branca. É, folha branca. Folha chamex ou folha de ofício, sei lá. Branquinha, sem linha, sem nada.
Uma folha branca é um leque de oportunidades. Posso colorir da cor que eu quiser, posso escrever, posso fazer um risco amarelo, posso recortá-la ou posso fazer coisa alguma. E se eu fizer algo que não me agrada, amasso, jogo fora e pego outra folha branca.
Porque a folha é como o meu dia. Acordo e posso escolher se meu dia será bom ou ruim. Tudo depende das minhas escolhas. Posso não fazer nada também. E seu meu dia não agradar, simplesmente o deleto da memório e corro pra cama. Vou dormir, sonhar e esperar por um novo dia que eu pintarei das cores mais lindas que eu achar.


Música do dia: Lanterna dos afogados por Maria Gadú

Quanto tá escuro e ninguém te ouve
Quando chega a noite e você pode chorar

Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais no porto pra quem precisa chegar

Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando, vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa, basta poder te ajudar
E são tantas marcas, que já fazem parte
Do que eu sou agora, mas ainda sei me virar

Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando, vê se não vai demorar